A Receita Federal informou ontem que o lixo hospitalar apreendido em outubro do ano passado no Porto de Suape será enviado de volta aos Estados Unidos amanhã (21). O lixo, que tinha como destino uma empresa do polo têxtil em Santa Cruz do Capibaribe, no Agreste, será embarcado no navio Cap. Irene, de bandeira liberiana, que vai atracar em Suape hoje. O embarque dos contêineres está previsto para às 6h de amanhã. O navio seguirá para o porto de Charleston, na Carolina do Sul, de onde o material saiu.
O advogado Gilberto Lima, da empresa têxtil NA Intimidade, acusada de importar o material para a produção de forros de bolso, afirmou que “a empresa se esforçou em viabilizar a devolução “desta carga indesejável, incompatível com a encomenda, constituindo uma quebra de contrato”.
O advogado acrescentou que vai entrar com um processo na Justiça norte-americana por perdas e danos materiais e morais, além de lucro cessante, já que a NA Intimidade está interditada judicialmente desde o último 19 de novembro. Segundo o representante da empresa, o próximo passo é buscar o aval de funcionamento perante as autoridades brasileiras, através da justificativa de que ela foi vítima de uma quebra de contrato.
Entenda o caso - Em 11 de outubro do ano passado, o primeiro contêiner foi encontrado pela Receita Federal, no Terminal de Contêineres de Suape, com 23,3 toneladas de lençóis sujos, além de seringas, luvas, catéteres, drenos e outros objetos hospitalares usados em instituições de saúde norte-americanas. O segundo lote foi localizado no dia 13, com o mesmo peso. Lençóis, fronhas, toalhas de banho, batas, pijamas e roupas de bebê com identificação de diversos hospitais norte-americanos foram encontrados. A documentação das cargas dos dois contêineres apreendidos, apresentada na alfândega, indicava se tratar de “tecido de algodão com defeito”.
Fonte:DiariodePernambuco
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