terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Governo espera que Brasil cresça 4,5% este ano, diz ministro da Fazenda


O ministro Guido Mantega (Fazenda) afirmou nesta segunda-feira (23) esperar que o Brasil cresça 4,5% este ano, o que ficaria acima dos 3% que o país deverá atingir em 2011. Para ele, o Brasil só deve crescer menos que China e Índia em 2012.

O ministro disse que uma taxa elevada de crescimento do PIB e distribuição de renda devem impulsionar a economia do país neste ano. Mas, se a crise internacional se agravar, o crescimento pode ficar em 4%.

Além disso, um dos "desafios" que o ministro coloca para o Brasil neste ano é o desempenho na área de comércio exterior, porque a economia mundial "estará pior que em 2011" e "talvez encolha ou cresça menos", afirmou.

A avaliação foi feita por Mantega depois da primeira reunião ministerial deste ano, da qual participaram 36 dos 38 ministros.

O ministro disse ainda que o corte de gastos do governo em 2012 pode superar o de 2011, que foi de R$ 50 bilhões. Ele negou, no entanto, que o contingenciamento já esteja definido em R$ 60 bilhões ou R$ 70 bilhões e afirmou que "não haverá contingenciamento de investimentos".

Segundo Mantega, o governo deve investir em áreas como infraestrutura, que inclui obras da Copa de 2014, o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e o Minha Casa, Minha Vida 2. Isso, no entanto, "não quer dizer que o corte será menor [que em 2011]", disse.

Para garantir a redução de gastos, o ministro da Fazenda disse que os Ministérios deverão "continuar essa disciplina, economizando gastos de custeio". Ele não especificou se em 2012, ano de eleições, haverá maior corte nas emendas parlamentares -verba destinada para projetos de deputados e senadores. "Todo ano fazemos contingenciamento de emendas. Os parlamentares já sabem [disso]", afirmou o ministro.

Questionado sobre a expectativa de corte em R$ 60 bilhões ou R$ 70 bilhões, Mantega afirmou que esses valores devem ser "desconsiderados". Ele se disse surpreendido ao ler sobre esses montantes nos jornais. "Acho engraçado né porque quem define esse número somos nós [da equipe econômica do governo]. Vocês podem desconsiderar esse número".

Crédito

O foco da reunião ministerial, segundo Mantega, foi o "desenvolvimento sustentável". Ele disse que se falou sobre economia, programas sociais e meio ambiente.

O ministro falou em "expandir o crédito" no país de 15% a 17%, mas de modo a também "reduzir o custo financeiro". Ele disse que "várias medidas serão tomadas" para isso e criticou o spread bancário, que considera alto, indicando que pode ser um ponto visado pelo governo para mudanças.

Durante a reunião, o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, também traçou um panorama da economia nacional para os ministros, afirmando que o crescimento do Produto Interno Bruto deve acelerar em 2012. A informação foi divulgada pelo porta-voz da Presidência da República, Thomas Traumann.

Segundo ele, em relação à inflação, Tombini disse que o índice deve continuar caindo e convergirá para o centro da meta (4,5%).









Uol

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