sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Fifa confirma divulgação de dossiê sobre caso que envolveria Teixeira





Joseph Blatter defendeu divulgação de documentos como forma de aumentar transparência da Fifa. Foto: AFPA Fifa, por meio de seu presidente Joseph Blatter, anunciou nesta sexta-feira que divulgará o dossiê sobre o caso ISL em dezembro. Segundo Blatter, juristas vão analisar os papéis e, por isso, o caso não será comentado até a data estabelecida para a divulgação. O presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira, está entre os supostos envolvidos.
Os documentos fazem parte de uma investigação criminal sobre a falência da empresa de marketing esportivo ISL (International Sport and Leisure), parceira da Fifa, e indicam que dirigentes da entidade receberam pagamentos para garantir à ISL a lucrativa comercialização de direitos de transmissão e anúncios publicitários da Copa do Mundo durante os anos 1990.
Em novembro, uma investigação do programa Panorama, da BBC, apontou que estes dirigentes eram o ex-presidente da Fifa João Havelange e seu ex-genro Ricardo Teixeira, que também é membro do comitê executivo da Fifa.
"O comitê-executivo decidiu que o dossiê deverá ser aberto. É um documento complexo, com implicações legais envolvendo pessoas que não estão envolvidas com a Fifa", afirmou Blatter durante seu pronunciamento.
"No próximo comitê executivo, em 16 e 17 de dezembro de 2011, os dados serão abertos. Se alguma decisão tiver que ser tomada, não será pelo comitê-executivo. O caso será entregue a uma organizacão independente, para abrir e analisar o dossiê e chegar a conclusões", disse.
Blatter, que nasceu no cantão de Valais, na Suíça, ainda destacou oportunamente que "nenhum dos nomes envolvidos neste caso ISL é suíço. "Todos são estrangeiros", disse.
A decisão faz parte da tentativa de Fifa de melhorar a imagem depois de uma sequência de casos de corrupção envolvendo a entidade e seus membros. Blatter ainda anunciou a criação de grupos para reformar a entidade a partir de 2013.
"O comitê-executivo, ao final da reunião, estava satisfeito e relaxado. Hoje, no final do encontro, a Fifa encontrou o caminho rumo às soluções. Até o final do ano, uma boa parte das nossas preocupações acabará porque os dossiês terao sido esclarecidos", completou.
Procurado pela reportagem do Terra, o diretor de comunicações da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Rodrigo Paiva, não foi localizado para comentar sobre a decisão da Fifa. Anteriormente, o dirigente alegava em defesa de Teixeira que o caso foi arquivado pela Justiça suíça em 2008.
Defesa da Fifa
Seguindo o discurso que adotou há muito tempo, Blatter tentou realçar as atividades de sucesso da Fifa, para amenizar a imagem negativa da instituição devido a série de escândalos de propinas dos últimos anos. Para ele, a reputação da entidade está manchada. Mas os feitos da federação também precisam ser realçados.
"Reputação é uma coisa, a atividade da Fifa é outra. Nossa reputação não é correspondente com as ações que estamos tendo, não só na organização do futebol mundial, mas também em projetos culturais e sociais".
Blatter finalizou sua fala afirmando que não se pode generalizar. "Em um país com milhões de pessoas, algumas serão corruptas, outras farão coisas ainda piores, mas você não vai dizer que todos são bandidos", afirmou.
"A Fifa, como organização, não é corrupta. Existem pessoas aqui fazendo coisas erradas, mas nós vamos atrás deles para acabar com isso. No final das contas, sempre haverá alguma violência, racismo ou corrupção (no futebol), mas isso não significa que toda a familia Fifa é corrupta", finalizou.












Fonte: terra

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